terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Conheça São Francisco de Assis, o protetor dos animais

É comemorado em 4 de outubro o dia de São Francisco de Assis, o protetor dos animais e padroeiro da ecologia. Nascido na Úmbria (perto de Assis), Itália, em 1182, seu nome era Francisco Bernardone. Filho de um rico comerciante de tecidos, teve uma adolescência fútil, vivendo na companhia de boêmios e, por isso, aos 20 anos foi aprisionado. Depois de libertado, voltou à boêmia, porém gradativamente foi sentindo desinteresse pela vida mundana.
 
Em 1207, aos 26 anos, entrou na igreja de São Damião, que estava praticamente arruinada; ao ver a imagem do Cristo, sentiu que Jesus lhe falou: "Francisco, restaura minha casa decadente". Levado pelo susto foi para a loja do pai, onde vendeu toda a mercadoria para restaurar a igreja; ao ver o que fazia, o pai o deserdou.

Francisco tirou suas vestes, entregou-as ao seu pai Pedro e disse-lhe: "Até agora o chamei de pai, mas agora direi com razão: meu pai está no céu, porque Nele depositei minhas esperanças". Em seguida, vestiu uma túnica de algodão e maltrapilho saiu pelo mundo.

Dois anos depois, Francisco, com mais onze companheiros, se tornou um grande pregador, viajando por vários países como Marrocos, Egito e Israel. Assim, nasceu a "Ordem dos Franciscanos". Era comum vê-lo pregar e ao seu redor, vários pássaros e animais se juntavam a ele.

Em 1212, juntamente com Clara, fundou a "Ordem Franciscana das damas pobres". A partir de então, o movimento começou a crescer chegando à Inglaterra e a toda Europa.
Coube a Assis, em 1223, a ideia da criação do presépio no dia de Natal, uma tradição que permanece viva até hoje.

Em 1224, Francisco estava pregando no Monte Alverne (Apeninos) quando apareceram em seu corpo cicatrizes que correspondiam às cinco chagas do Cristo crucificado, fenômeno este chamado de "estigmatização", e permaneceram até o final da sua vida e teriam sido o motivo do seu enfraquecimento e sofrimento físico. As chagas aumentaram progressivamente por dois anos, levando-o à cegueira, até sua morte em 3 de outubro de 1226.

Ao longo dos séculos, São Francisco foi admirado por seu voto de pobreza, humildade, liberdade religiosa, além da grande bondade com todos os seres vivos, em especial os animais.

Não existiu homem que fosse estranho ao seu coração: leprosos, bandoleiros, nobres ou plebeus; todos eram seus irmãos. Mais ainda, ninguém como ele irmanou-se tanto com o universo: foi irmão do Sol, da água, das estrelas e dos animais. Francisco de Assis foi canonizado em 1228 e seu culto é associado à "proteção dos animais".

Em 1979, o Papa João Paulo II proclamou-o santo patrono dos ecologistas.

Padroados:
A cidade de Assis
Animais
Associações de animais
Aves
Ecologistas
Itália

Protege: Os universalistas
Emblema:pássaros, corça e estigmas

Oração de São Francisco de Assis
Senhor faça-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
Compreender que ser compreendido,
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se nasce para a vida eterna...


Oração a São Francisco de Assis
Para salvar (ou encontrar) um animal

São Francisco misericordioso
Peço ajuda para salvar (encontrar) este animal
(Dizer o nome do animal)
Com a plenitude de tua compaixão,
Não permita que ele seja cruelmente tratado,
Nem que permaneça em cativeiro.
Peço ajuda a São Francisco,
Padroeiro dos animais,
Que me ajude a salvá-lo (ou encontrá-lo)
Em qualquer lugar da terra.
Em nome de São Francisco
Que está presente em toda parte,
Guia-me com teus olhos,
Para que possa salvá-lo (ou encontrá-lo).
Cuide para que
(Nome do animal)
Esteja a salvo!
Que assim seja,
Amém.

Extraído: http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4716610-EI14324,00-Conheca+Sao+Francisco+de+Assis+o+protetor+dos+animais.html

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SINTOMAS DA CRISE

     Quando andamos pela cidade, encontramos diariamente meninos de rua. Alguns não fazem nada. Outros estão lavando ou cuidando de carros, ou mesmo ajudando seus pais na sobrevivência. São engraxates ou vendedores de balas nos semáforos.

Esta cena se tornou tão comum que nem chama mais a atenção. Prepare-se, agora, para uma pergunta que vai parecer maluca:

Existe algo de comum entre você e o menino de rua?

Certamente veio à sua cabeça a imagem de um menino dormindo na rua, apanhando da polícia. Usa roupas velhas, está descalço, magro e sem tomar banho ou escovar os dentes. E aí, você vai achar a pergunta maluca mesmo. Afinal, você tem casa, estuda, come três vezes por dia, passa as férias na praia ou no campo.

Suspeito que a pergunta pode lhe parecer tão boba que você já pensou em largar de ler. Mas se você se der ao direito de ter dúvida, vai descobrir muitas coisas. Verá que, para ter a resposta, precisará mergulhar num conceito muito importante para o ser humano: a cidadania. E precisará olhar não apenas para as ruas, mas para dentro de sua própria casa. Até dentro de seu quarto.

Nota-se a ausência de cidadania quando uma sociedade gera um menino de rua. Ele é o sintoma mais agudo da crise social. Os pais são pobres e não conseguem garantir a educação dos filhos. Eles vão continuar pobres, já que não arrumam bons empregos. E aí, seus filhos também não terão condições de progredir. É a famosa pergunta:

Quem nasceu antes: o ovo ou a galinha?

O garoto é pobre porque não conseguiu estudar em uma boa escola ou é porque não estudou que continua pobre?

Esse círculo viciososo não atinge só os pobres. Revela uma sociedade que fecha oportunidades a todos, inclusive para você.

Veja que interessante: em 1991, 57% dos alunos que terminaram o segundo no Japão moravam em apartamento próprio. Lembre-se que quando acabou a segunda guerra mundial, em 1945, o Japão estava destruído. Tem mais: neste século uma imensa onda de migração japonesa veio para cá, fugindo da miséria. Agora, olhe à sua volta, entre seus colegas, e responda:

Quantos moram em apartamento próprio?

Por que para um jovem brasileiro essa possibilidade do estudante japonês parece uma regalia inacreditável? Também é inacreditável para um jovem japonês uma escola sem computadores.

É a mesma sensação de incredulidade que teria um aposentado brasileiro ao saber como vivem os velhos no Japão. Eles estão cercados de conforto material e, sobretudo, respeito dos mais jovens. E o velho japonês consideraria inacrediável a realidade dos aposentados brasileiros. Dos 12,6 milhões de aposentados que existem no Brasil, dez milhões recebem até um salário mínimo.

Estamos vendo dois extremos da perversidade social. Os mais fracos são as maiores vítimas: as crianças e os velhos. É uma sociedade que não respeita suas crianças e seus velhos mostra desprezo ou, no mínimo, indiferença com seu futuro. Vamos ao óbvio: todo mundo já foi criança e será velho um dia. Portanto, ninguém está seguro.

Extraído na íntegra do Livro Cidadão de Papel de Gilberto Dimenstein (1997). Páginas 15, 16 e 17, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente em 1999.

Gosto de postar assuntos como esse, porque nos remete para dentro de nós mesmo e nos fazem refletir.
Veja que de 1997 quando da publicação de seu livro até 2012.....muito do que Gilberto Dimensein escreveu sobre o assunto em questão, nada mudou....por que será????
Angélica Wiziack